SEDF no 4º Seminário Nacional de Educação Integral

domingo, 3 de junho de 2012

               A educação de tempo integral nas escolas públicas foi tema de seminário de 29 à 31 de maio. Especialistas no assunto, do Brasil e de outros países, apresentaram seus pontos de vista em relação ao Programa Mais Educação do Ministério da Educação, que amplia para o mínimo de sete horas a jornada diária escolar. 
             Atualmente, mais de 32 mil escolas de todas os estados, participam do Mais Educação.
             O secretário de educação básica do MEC, César Callegari, afirmou, na abertura do IV Seminário Nacional de Educação Integral, que a educação de qualidade requer um projeto político pedagógico de cada escola em que haja compromisso de professores e educadores com resultados. “É preciso planejamento, ações racionais e metas objetivas a serem cumpridas, de comum acordo dentro de um processo democrático e participativo em que toda a escola participe, assim como os dirigentes da rede de ensino”, destacou.
           Segundo Callegari, a ampliação do período das crianças e adolescentes na escola precisa significar articulação das diferentes dimensões educacionais contemporâneas. “É preciso um projeto político pedagógico capaz de embarcar questões ambientais e de valores humanos, práticas esportivas e culturais, o mundo do trabalho”, exemplificou.
          A meta no Plano Nacional de Educação, em tramitação no Congresso Nacional, é estender o programa a 50% das escolas públicas em uma década. As diretrizes nacionais curriculares e operacionais para a educação integral no país estão sendo elaboradas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).
          O educador Miguel Arroyo esteve presente no seminário e defendeu o Mais Educação. “A educação integral precisa ser valorizada e apoiada pela riqueza que essa proposta carrega. O Programa Mais Educação retoma a educação como centro do sistema educacional do MEC e como direito à educação”, disse.  
           Segundo ele, o Mais Educação não é uma educação integral para fazer deveres de casa na escola, acrescentar mais conteúdo curricular, diminuir a evasão ou a repetência, mas para trazer para o tempo de escola dimensões da formação humana que não estão presentes no turno normal. “É para trazer para a escola o que estava oculto, o que nunca era valorizado, o direito à cultura, à arte, à memória, à identidade, à formação plena do ser humano”, disse.
           A Secretaria de Educação do DF esteve presente no seminário, com a equipe na CEINT, além de representante de todas as 14 Coordenações Regionais de Ensino, participando de toda a
programação, que incluiu debates, e foram apresentados vários modelos de escolas que conseguiram melhorar o desempenho dos estudantes e ajudaram a diminuir a repetência de ano e a evasão escolar com o auxílio de  projetos criados pelo programa. Grupos de trabalhos para avaliar o dia-a-dia do Mais Educação nas escolas também foram criados durante o seminário, contribuindo com o debate.         
          O Distrito Federal, pretende implantar não somente um projeto para Educação Integral, mas uma política de governo que atenda a necessidade de oferta de Educação Integral em tempo integral, de modo que até 2014, ao menos 39 escolas (13 escolas em cada ano - 2012/13/14) possam atender seus alunos em tempo contínuo, ou seja, que todos os seus alunos possam permanecer um mínimo de 8 horas diárias na escola.
           Pretendemos ainda que ao final de 2014, metade de toda rede pública de ensino, ofereca algum atendimento em tempo integral, porém com o apoio necessário, para que esse trabalho não seja feito sem planejamento.
       
           Ao final do seminário, foi lida a carta produzida como marco do seminário, denominada Carta de Brasília.

         Para ouvir a leitura da carta, clique Aqui:   
       

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