SEDF promove II Seminário de Educação Integral

Uma escola verdadeiramente integral é constituída por elementos como currículo integrado, gestão democrática, plenas condições de trabalho que devem estar articulados ao projeto político-pedagógico da SEDF

A Secretaria de Educação do Distrito Federal realizou nesta segunda-feira (03), o II Seminário de Educação Integral no auditório do Museu da Imprensa. O objetivo é discutir como a educação integral pode intervir na perspectiva humana e nas necessidade educativas dos alunos. Participaram do evento, gerentes de Educação Básica das Coordenações Regionais de Ensino, diretores de escolas e coordenadores de Educação Integral.

O secretario de Educação, Denilson Bento da Costa, avalia que o DF possui aspectos relevantes para a implantação da educação integral, embora haja desafios como a infraestrutura necessária para manter os alunos na escola. “A educação integral é uma necessidade que temos na rede pública de ensino. A realização deste seminário é importante que para possamos construir juntos propostas e sugestões para as ações que estão sendo tomadas para a implantação da educação integral em todo a rede pública do DF”.

A subsecretária de Educação Básica, Sandra Zita, ressaltou que se trata de um tema central que é referência das ações pedagógicas. “A educação integral está ligada à plenas condições de trabalho pedagógico, currículo integrado e a Gestão Democrática”, disse.

A representante do Ministério da Educação, Rogéria Freire Figueiredo, ministrou a palestra “Política de Educação Integral no Brasil: Perspectivas e Desafios”. Rogéria Figueiredo falou sobre as ações do Programa Mais Educação para 2013. Dentre as metas, o objetivo é romper o ciclo de pobreza direcionando estratégias para enfrentamento das desigualdades sociais e educacionais.

O programa foi criado com o intuito de aumentar a oferta educativa nas escolas públicas por meio de atividades optativas. Para o desenvolvimento de cada atividade, o Governo Federal repassa recursos para ressarcimento de monitores, matérias de consumo e de apoio.

“O grande desafio é um currículo integrado. As escolas que ofertam educação integral precisam de infraestrutura necessária para atendimento, alimentação adequada, profissionais de apoio, formação pedagógica específica e o relacionamento entre a escola e a comunidade”, ponderou Rogéria. Segundo ela, em 2012, o Mais Educação atendeu a 32.074 escolas públicas em todo o país. Em 2013, a meta é atender 45 mil e em 2014, 60 mil.

A coordenadora Regional de Ensino do Recanto das Emas, Edileuza Fernandes, fez uma explanação sobre “Currículo: Elemento Integrador na Educação Integral”. Ela explica que a educação integral contempla as diversas dimensões da formação humana e isso vai além da ampliação do tempo do aluno na escola. “O currículo da educação integral não pode ser separado do contexto atual. Deve-se buscar novas formas de organização curricular visando reduzir o isolamento e a fragmentação entre as disciplinas curriculares, procurando agrupá-las num todo”.

A professora pontuou que é preciso dar qualidade ao tempo-espaço e mesclar as atividades educativas diferenciadas, que possibilite a ampliação do conhecimento e a aquisição de visão crítica. “Temos que abolir do nosso vocabulário as palavras contraturno e atividades extracurriculares. Há apenas um turno na educação integral, uma continuidade ao longo do dia das ações pedagógicas”.

O seminário também contou com a presença dos alunos da Escola Classe 01 do Paranoá, que fizeram uma apresentação musical ao violão e cantaram Pra não dizer que não falei das flores, de Geraldo Vandré, Carrosel, ABC do sertão e Ai que saudade d’ocê.

A programação do evento seguiu no turno vespertino com momento cultural, palestras sobre Ecologia humana e intertransdiciplinaridade; Territorialidade e Educação Integral; Diálogos com experiências educacionais inovadoras; Construção do Projeto Político-Pedagógico da escola integral; além de apresentação das experiências exitosas de educação integral e plenárias.

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