Convite para Palestra

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

O Laboratório da Complexidade, sob coordenação da profa. Leila Chalub/FE/UnB, tem a alegria de convidá-lo(a) para:
PALESTRA COM PROFESSOR JOSÉ PACHECO,
fundador da Escola da Ponte, de Portugal.
Local: CET Turismo - UnB
Dia: 15 de fevereiro de 2013, sexta-feira
Horário: 19h
José Pacheco é Fundador da Escola da Ponte em Portugal, referência mundial de sucesso e inovação em pedagogia; Mestre em Educação da Criança, professor na Escola da Ponte com Reconhecido Notório Saber. Autor dos livros 'Contributos Para a Compreensão do Círculo de Estudo', 'Quando For Grande', 'Sozinhos na Escola', 'Cartas a Alice', 'Para Alice, Com Amor', 'Para os Filhos dos Filhos dos Nossos Filhos', 'Caminhos Para a Inclusão', 'Escola da Ponte – Formação e Transformação'.
Especialista em Música e em Leitura e Escrita, é mestre em Ciências da Educação pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto. Coordena, desde 1976, a Escola da Ponte, da qual é idealizador, instituição que se notabilizou pelo projeto educativo inovador, baseado na autonomia dos estudantes.

Escola Básica da Ponte, popularmente referida apenas como Escola da Ponte, é uma instituição pública de ensino, localizada em S. Tomé de Negrelos, no Distrito do Porto, em Portugal.
Na escola da Ponte todos trabalham com todos. Nenhum aluno é aluno de um professor só, nem um professor é professor só de alguns alunos.
Assente em valores como a solidariedade, autonomia e responsabilidade, a escola da Ponte é hoje um marco pedagógico de diferenciação do modelo de escola dito “tradicional”, com mais de 35 anos de história, estudado e admirado um pouco por todo o mundo.
Inserida no sistema público de ensino, a excelência comprovada por todas as inspecções e estudos tarda em ser aprovada e reconhecida pelo Ministério da Educação português.
Apesar de todos os obstáculos e barreiras, é inegável que o trabalho da equipa de professores que pensou este projecto, liderados na altura por José Pacheco, continua e continuará a servir de inspiração a todos os que ousam ser diferentes.

Histórico

"Contei sobre a escola com que sempre sonhei, sem imaginar que pudesse existir. Mas existia, em Portugal...Quando a vi, fiquei alegre e repeti, para ela, o que Fernando Pessoa havia dito para uma mulher amada: 'Quando te vi, amei-te já muito antes...' "
Rubem Alves
A instituição surgiu na década de 1970, do desejo de se fazer uma escola que respeitasse as diferenças individuais dos alunos.
Em 1976, as respostas a algumas interrogações deram origem a profundas mudanças na organização da escola, na relação entre ela, instituição, e os encarregados de educação dos alunos[1] e nas relações estabelecidas com diferentes parceiros locais.

Cronologia

  • 1976 - a instituição conta com cinco pólos escolares (escolas primárias e jardim de infância);
  • 1980 - inaugurado um novo edifício (tipologia: escola de área aberta, tipo P3);
  • 1997 - início do processo de autonomização relativamente ao Ministério da Educação – Agrupamento de Escolas;
  • 2001 - indicação como "Escola Básica Integrada" (em princípio até ao 9º ano);
  • 2005, Fevereiro – Firmado Contrato de Autonomia com o Ministério da Educação (única instituição a ter esse estatuto, durante muitos anos, no país);
  • 2005-2006 - Escola Básica Integrada – até ao 9º ano de escolaridade (3º Ciclo)

Estrutura

A escola encontra-se numa área aberta. Os alunos formam grupos heterogêneos, não estando classificados, agrupados ou distribuídos por turmas nem por anos de escolaridade que, na prática, não existem. Não há salas de aula mas sim espaços de trabalho, onde não existem lugares fixos. Essa subdivisão foi substituída, com vantagens, pelo trabalho em grupo heterogéneo de alunos. Do mesmo modo, não há um professor encarregue de uma turma ou orientador de um grupo. Em vez disso, todos os alunos trabalham com todos os orientadores educativos.
A escola está organizada por 3 núcleos:
  • Iniciação
  • Consolidação
  • Aprofundamento
Os orientadores estão organizados por dimensões:
  • Artística
  • Identitária
  • Linguística
  • Lógico-matemática
  • Naturalista
  • Pessoal e Social

Instrumentos pedagógicos

  • Definição dos Direitos e Deveres - Os alunos decidem democraticamente, na Assembleia de Alunoa, os direitos e deveres que consideram fundamentais para o funcionamento da escola.
  • Assembleia de Alunos - atividade que reúne todos os alunos, na qual são discutidas, analisadas e votadas medidas para o dia a dia na escola, de forma democrática, solidária, respeitando as regras e visando o bem comum.
  • Comissão de Ajuda - é formada por seis alunos nomeados para resolver os problemas mais graves colocados na Assembleia. Três desses alunos são escolhidos pelos membros da mesa da Assembleia Geral e outros três pelos professores. As decisões dessa Comissão guiam-se pelos direitos e deveres definidos pelos alunos, que se comprometeram a respeitar o estabelecido.
  • Debate - tem caráter mais informal que as Assembleias e acontece sempre que necessário.
  • Biblioteca - ocupa o espaço comum, da área aberta da Escola, e serve como espaço de encontro e de pesquisa.
  • Caixinha dos Segredos - Local onde os alunos podem colocar, por escrito, tudo aquilo que querem transmitir de forma privada.
  • Eu Já Sei - faz parte do objetivo de desenvolver a autonomia dos alunos, partindo do processo de auto-avaliação. Sempre que um aluno se sente preparado para ser avaliado, solicita a avaliação escrevendo o seu nome numa lista. Só então esta avaliação se processa, no dia seguinte. Caso o professor considere que o aluno não estava preparado, orienta-o no sentido de procurar mais informação e corrigir os seus erros. Quando termina este trabalho, o aluno solicita nova avaliação.
  • Eu Preciso de Ajuda - a criança é estimulada a buscar todas as fontes possíveis de informação que estão a seu alcance antes de pedir ajuda (pares, grupos, livros, internet). Esgotadas todas as possibilidades, o aluno pode escrever seu nome numa das listas dispostas em diversos locais da escola. Posteriormente, um professor organiza pequenos grupos de estudo para esclarecer o assunto com quem tem dúvidas.
  • Professor Tutor - o professor tutor acompanha de perto um grupo reduzido de alunos, dos quais monitoriza o trabalho individualmente e faz reuniões sistemáticas uma vez por semana, mantendo também um contato direto e frequente com os encarregados de educação.
  • Grupos de responsabilidade - cada aluno e os orientadores educativos são responsáveis por algum aspecto do funcionamento da escola. Os grupos de responsabilidade reúnem-se uma vez por semana para resolverem alguns assuntos ou estruturarem um aspeto fundamental do dia a dia da escola. Algumas das responsabilidades atribuídas aos grupos são:
    • 5 R's;
    • Arrumação e Material Comum;
    • Assembleia e Comissão de Ajuda;
    • Biblioteca;
    • Terrário Jardim;
    • Comenius;
    • Computadores e Música;
    • Correio e Visitas na Ponte;
    • Datas e Eventos;
    • Jogos de Mesa e Recreio Bom;
    • Jornal;
    • Murais
    • Solidariedade;

Associação de pais

No início de cada ano letivo, são eleitos os representantes dos Encarregados de Educação da Escola da Ponte, que organizam reuniões semanais de debate sobre a escola. Em Portugal, a "Associação de Pais da Escola da Ponte" é uma referência a nível nacional.

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