O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou em entrevista coletiva concedida na terça-feira (22/03) que o programa Mais Educação será reformulado e fará parte de uma estratégia que visa atender prioritariamente as escolas cujos estudantes têm graves problemas de alfabetização e letramento.
Na prática, isso significa que os recursos disponíveis para o programa serão direcionados para as 26 mil unidades da rede que, segundo o Ministério da Educação (MEC), respondem por 70% dos problemas de alfabetização do pais.
Todas as escolas públicas do Brasil terão entre os dias 18 de abril e 20 de junho para se inscrever no Mais Educação. Entretanto, terão prioridade de atendimento as instituições consideradas prioritárias.
Segundo Mercadante, o Programa Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), o Mais Educação e o Programa de Iniciação a Docência (Pibid) serão integrados como parte de um esforço para reduzir o problema de alfabetização na educação básica.
Essas 26 mil escolas identificadas pelo MEC terão sua jornada estendida por meio do Mais Educação e contarão com um coordenador do Pnaic que será responsável por aulas de reforço para alunos de 4º ao 9º ano com dificuldades para ler e escrever. Os professores do Pibid também terão que atender prioritariamente a essas escolas.
“Identificamos que 26 mil escolas, que atendem 10 milhões de estudantes do ensino fundamental, são responsáveis por 70% dos problemas de baixo índice de letramento e alfabetização. Por isso, vamos trabalhar com esses três programas em conjunto porque reduzir o problema de alfabetização é o nosso principal desafio”, afirmou o ministro em coletiva.
Mais Educação
Nascido em 2008, o programa funciona como um grande indutor da educação integral no país. Em 2014, os recursos chegaram para quase 60 mil escolas em todo o país, segundo dados do MEC. No início de 2015, no entanto, surgiram os primeiros problemas.
O governo dividiu os repasses em duas parcelas. Escolas de todo o país apontaram atrasos no recebimento das verbas e, em janeiro de 2016, uma em cada cinco escolas ainda não havia recebido os recursos do programa. Além disso, o governo não abriu inscrições no ano passado.
No final de 2015, o diretoria de Currículos e Educação Integral do MEC, Ítalo Dutra já havia afirmado que os recursos do Mais Educação poderiam ser cortados em até 70% no orçamento de 2016.
Fonte: http://educacaointegral.org.br/ (O Centro de Referência em Educação Integral)
Fonte: http://educacaointegral.org.br/ (O Centro de Referência em Educação Integral)
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