Estruturar o currículo
O MEC não estipula diretrizes curriculares para o ensino integral, porém estabelece dez áreas do conhecimento a fim de orientar a escolha das disciplinas. São elas: acompanhamento pedagógico, Meio Ambiente, Esporte e Lazer, Direitos Humanos, Cultura e Artes, Cultura Digital, Prevenção e Promoção da Saúde, Educomunicação, Educação Científica e Educação Econômica. O aconselhável é que escolas com baixo desempenho deem atenção especial ao acompanhamento pedagógico (aulas de reforço, monitoramento para a lição de casa etc.).
Quando a escola tem autonomia, é interessante envolver a comunidade na elaboração do currículo. A EM Marechal Ribas Júnior, em Goiânia, selecionou as oficinas após consultar o conselho escolar. No fim do ano, os alunos são avaliados e também dão sua opinião sobre as atividades. Os resultados ajudam o conselho a reavaliar as propostas e a deliberar se o currículo do ano seguinte será mantido ou não.
Outra questão a ser resolvida é como encadear as disciplinas e as oficinas. Deixar as primeiras em um turno e as segundas em outro é mais fácil? Talvez. Porém, na Marechal Ribas, os gestores perceberam que os alunos davam importância apenas ao turno da manhã e viam a tarde como um horário de brincadeira - quando o que se queria era que tudo tivesse o mesmo valor. Outras escolas tiveram essa mesma sensação. A solução foi então pedir à rede para intercalar aulas e oficinas. "Ambos os esquemas podem funcionar desde que os gestores concebam o currículo como um projeto único e atribuam sentido às atividades", afirma Ilana Laterman, professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Fonte: Nova Escola
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