Rede de Observação do Pacto pela Educação Integral

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Rede defende integração para o sucesso da educação integral. Objetivo é oferecer educação, lazer, esporte e cultura aos estudantes

  A Rede de Observação do Pacto pela Educação Integral reuniu-se na manhã desta sexta-feira (24/01) para apresentar sugestões, avanços e desafios na proposta de implantação da Educação Integral em Brazlândia. Representantes do Comitê Técnico do Observatório de Equidade do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Distrito Federal (CDES-DF) também participaram da reunião.
Rede defende integração para o sucesso da educação integral
A proposta é articular ações intersetoriais dos diferentes órgãos governamentais para oferecer lazer, cultura, esporte, artes entre outras atividades para as crianças e adolescentes, além de promover e intensificar a integração entre escola e comunidade. Para isso, é preciso reorientar os projetos políticos-pedagógicos das escolas na perspectiva da educação integral.
A Secretaria de Educação (SEDF) apresentou o Pacto conforme está estruturado atualmente, reforçando a necessidade de intersetorialidade na execução das ações propostas, tendo em vista que, ao prolongar o período de funcionamento da escola, toda a comunidade será impactada.
“Este é um grande desafio, que só pode ser concretizado numa perspectiva coletiva. Estamos nos empenhando para que esse projeto seja um salto, uma nova concepção, um marco na qualidade da Educação no DF”, disse Vanuza Sales, coordenadora de projetos especiais da Secretaria. “Intersetorialidade é fundamental. Precisamos garantir que essa educação seja de fato integral, não só no tempo, mas na sua intenção, para que a comunidade vá para a escola e a escola para a comunidade”, complementou Kátia Franca, também da SEDF.
Sandra Zita, também da SEDF, destacou a importância do Observatório de Equidade na produção de subsídios técnicos: “Por ser um projeto de impacto social grande, precisamos de suporte, e o Observatório vai ser fundamental para produzir índices e avaliações”.
Projeto pedagógico
Jeovany Machado, coordenador de Educação Integral da Secretaria, ressaltou que o projeto pedagógico da Educação Integral demanda uma série de ações de cunhos político e administrativo que envolve diversos setores da sociedade, e que só será possível implementá-lo se todos trabalharem em conjunto.
“Para que nós possamos agilizar as ações e colocar em prática a operacionalização do trabalho pedagógico, nós precisamos envolver outros setores. Daí a necessidade de apresentar esse projeto ao Observatório do Conselho”, explicou.
Os representantes da Secretaria apresentaram o projeto “Cidade Escola Candanga”, que visa o aumento na participação social na execução da política pública (meta do Pacto pela Educação Integral); a melhoria da qualidade da educação no DF e a promoção e ampliação das oportunidades educacionais, sociais, culturais, esportivas e de lazer com aprendizagens significativas e emancipatórias para crianças e adolescentes.
Debate
Os integrantes da Rede de Observação sugeriram mais participação da comunidade na definição do projeto pedagógico final do Pacto pela Educação Integral. Júlio Barros, do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF), sugeriu a realização de uma Conferência de Educação: “Na hora de ‘bater o martelo’, é preciso que o processo seja democrático”.
Clerton Evaristo, do Fórum Distrital de Educação, defendeu a institucionalização da Educação Integral como política de estado. “É preciso um planejamento que leve em consideração as questões de orçamento, com recursos previamente destinados para cada ação”, disse. Lídia Cristina, da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), enumerou três desafios imediatos: ampliação no número de creches; diminuição e controle da taxa de analfabetismo, principalmente entre a população fora da idade escolar; ensino integral no ensino médio, a fim de tornar o ambiente escolar mais atrativo para adolescentes e jovens.
“Todo o projeto em si é um avanço. O desafio é como vai se dar sua implementação, como aumentar o protagonismo dos nossos estudantes?”, questionou Neuza Castanha, do Centro de Referência, Estudos e Ações sobre Crianças e Adolescentes (CECRIA). “Nossa preocupação é que as escolas sejam um ambiente estimulante, seguro, que nossos filhos tenham vontade de ir à escola”, declarou Clayton Pereira Faustino, representando a Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do DF (ASPA).
A próxima reunião da Rede de Observação será no dia 14 de março, e já irá debater o monitoramento, a avaliação e indicadores para políticas públicas educacionais.

Para saber mais:
PORTARIA Nº 31, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2013.
Institui a Rede de Observação do Pacto Pela Educação Integral no âmbito do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Distrito Federal.
O SECRETÁRIO-EXECUTIVO DO CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições previstas no Decreto nº 33.359, de 23 de novembro de 2011, com as alterações constantes do Decreto nº 34.940, de 10 de dezembro de 2013, RESOLVE:
Art. 1º Instituir a Rede de Observação do Pacto Pela Educação Integral, no âmbito do Observatório de Equidade do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Distrito Federal, a qual funcionará conforme prevê o regimento interno do Conselho e terá a seguinte composição: I - Sindicato dos Professores do Distrito Federal - Sinpro/DF;
II - Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do Distrito Federal – Aspa;
III - Fórum Distrital de Educação - FDE;
IV - União Brasileira dos Estudantes Secundaristas - Ubes;
V - Centro de Referência, Estudos e Ações sobre Crianças e Adolescentes – Cecria;
VI- Sindicato dos Auxiliares da Educação – SAE;
VII- União Brasileira para Pessoas com Deficiência – Ubrapod;
VIII - União Brasileira de Mulheres.
Parágrafo único. A Coordenadoria do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social/SEG comunicará aos órgãos e entidades para que indiquem seus representantes no prazo de cinco dias a contar do recebimento da solicitação.
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
GUSTAVO PONCE DE LEON SORIANO LAGO
Secretário-Executivo
Conselho de Desenvolvimento do Distrito Federal

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